segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E o que a Yoga tem com isso???

Para quem dança Tribal Fusion é essencial. Para a Dança do Ventre tradicional, um aliada perfeita. E para estas, o texto pode parecer meio sem sentido, já que isso é tão óbvio. Mas não somente bailarinas lêem meu blog. E, acreditem! Ainda aparece gente que me faz esta pergunta...




Desde que iniciei minha carreira, inseri posições de yoga no aquecimento e com o tempo fui percebendo a importância e diferença que a prática pode conceder à nossa dança e à nossa vida. Creio que o principal seja o lado espiritual. Quando você se conecta com sua luz interior, você se conhece, entra em contato com o espiritual_ isso é INDEPENDENTE de religiões e rituais_ passa a meditar e entender o significado das coisas, a dança passa a ter outro significado. Após o nascimento da minha filha, tive problemas de saúde e fui obrigada a parar de “brincar” de yoga e adotar a prática consciente. Houve uma transformação completa na minha maneira de enxergar minha dança, minha carreira, e me vejo transformada na forma como lido com as pessoas. Bom, creio que o ponto principal seja esse: o contato com o espiritual antes do material. E repito, espiritualidade nada tem a ver com instituições. Falo do contato consigo mesma. A consciência do que somos ou somente estar no caminho para essa consciência.

Foto: Rachel Brice



O segundo detalhe importante é a presença. Quando praticamos os ássanas, passamos a SER o ássana, e não somente imitá- lo. Corpo, Mente e Espírito estão conectados. Isso proporciona equilíbrio, não somente no corpo, mas na forma como nos colocamos perante as situações da vida, e passamos a ser mais presentes e conscientes em todas as nossas atividades. Eu acredito que isso ajude na presença em cena na dança. Você sabe exatamente o que está fazendo, o porque e passa a SER a personagem. Pelo menos enquanto está no palco.





No plano físico, o yoga trabalha pernas, quadris, abdômen, peito, ombros, força nos braços, alinhamento e eixo. Trabalhamos força e alongamento simultaneamente. Estamos trabalhando todas as partes do corpo necessárias à prática da dança do ventre. O peito fica mais aberto, auxiliando na postura. Os braços ficam sustentados com menos esforço. Adquirimos força para realizar agachamentos e trabalhos de chão. Com abdômen fortalecido e região intercostal alongada, fazemos os movimentos com força e leveza, sem prejudicar a coluna. A dança também proporciona alongamento, força, equilíbrio e leveza, mas Yoga e Dança se completam, se complementam, e ter as duas práticas pode trazer um resultado rápido e eficiente. Precisa comentar mais?





Voltando a falar do plano espiritual e consciência... É com pesar que vejo tantos comentários pelas comunidades e bastidores afora, dentro do círculo da dança, sobre o quanto "tanta gente é fútil, vazia. Como existem bailarinas puxando o tapete umas das outras... Só pensam em dinheiro... Fazem qualquer picaretice por dinheiro, não possuem personalidade". Não, a intenção não é generalizar... e nem restringir esses "defeitos" às bailarinas somente. No fim das contas, o mundo é assim, e não somente o mundo da dança. Nosso sistema capitalista nos desconecta do espiritual, e a religiosidade está mais para fanatismo, e mais ligada a imposições tidas como corretas pela mídia e pela sociedade do que com uma verdadeira ligação com um Poder Maior. Onde entra a prática da yoga+dança neste ponto? A prática como caminho espiritual pode nos levar a um estado de consciência onde podemos encontrar o ponto onde o dinheiro é necessidade, e o ponto onde passa a ser supérfluo e começa a ganância. Não posso falar o que se passa no coração das outras pessoas, mas posso falar o que sinto no meu. Quando comecei a dançar profissionalmente, muita coisa se perdeu no que era minha dança em essência. Passei a lidar com contratantes exigentes, e essas exigências iam além do que eu era naturalmente. Passei a conhecer outras bailarinas, e muitas delas não pensariam duas vezes antes de me dar um bote, e isso foi assustador no início. Para mim, para minha vida pessoal, passei a entender que cada um tem seu papel dentro desse grande mundo da dança:





Não preciso ser organizadora de evento, professora, bailarina, bordadeira, cinegrafista, escritora, pesquisadora e especialista em tudo para me colocar neste mercado, entendendo que meu negócio é ensinar. Existem pessoas com diversos talentos em especial. O que gosto MESMO de fazer é ensinar. Preciso de condicionamento físico, de uma voz bem colocada, e de alto conhecimento técnico. Para que, então, me martirizar por não ter um corpo perfeito em sua forma, ou por não ficar bem com o corte de cabelo da moda? Entender isso foi essencial para minha colocação como profissional, e seria de grande valia se mais pessoas enxergassem isso. Fui entender somente depois da prática consciente de meditação que não preciso estar sempre de ouvidos ligados a tudo o que dizem, e nem acreditar em tudo o que leio...





Não estou aqui falando em milagres, até porque não acredito neles. Estou falando em esforço para se transformar, e no uso de uma filosofia milenar para complementar o que faz tanta falta no meio da dança. E da minha dança antes e depois da yoga. Fico feliz em hoje conhecer o Tribal Fusion, estilo que veio de encontro com o que acredito: personalidade no estilo, liberdade para criação e consciência corporal profunda! E que, hoje, consigo dizer com humildade: sou apenas mais uma praticante e amante desta Arte!































segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gothic Metal NÃO É GÓTICO!!!!!

Hein? Como assim?



Para nós que fazemos parte da "cena", isso é óbvio e claro. Mas sinto que é minha obrigação falar a respeito neste blog, que é voltado principalmente para estudantes de dança.



Com a modinha da "Dança do Ventre Gótica", "Gothic Fusion", "Dark Fusion" e "Tribal Gótico"_ que sinto que foi só um boom por causa da vinda da Ariellah ao Brasil, e logo voltará ao seu devido lugar_, muitas meninas que nada tem a ver com o universo underground têm aderido ao estilo. Algumas poucas tem absorvido o que "é" esse estilo e apresentado belíssimos trabalhos, mas de uma forma geral o que vemos são apresentações "Freak Show", "tribais" malfeitos e indefinidos com roupa preta, ou cópias_ perfeitas mas simplesmente cópias_ do que já foi feito. Geralmente, ao som de enlatados criados pela mídia para atender aos góticos de MTV de plantão. Então, vamos tentar entender um pouco mais sobre a subcultura? Creio que o artigo seja interessante a muita gente, já que todas dizem que ESTUDAM E SE INTERESSAM A FUNDO...



O primeiro ponto a ser pensado e analisado é: Gótico e Metal são duas sub ou contraculturas diferentes, com conceitos, origens e comportamentos diferentes. Até o visual é diferente, apesar de ambas as "tribos" usarem roupas pretas_ com o mínimo de conhecimento e convivência, dá para perceber claramente a diferença entre ambos.



Ambas as tribos possuem fortes referências musicais, aliás, eu mesma sou meio contrária a ser rotulada mas é inegável: quase tudo o que ouço é """gótico"""... Então pensemos na música. Tanto o metal quanto o gótico possuem raízes nos anos 70, e está aí nossa primeira diferença: no metal podemos encontrar claras influências de Black Sabbath, Deep Purple, e a maior banda "metal" é Iron Maiden, se não me engano formada por volta de 1975. Já o Darkwave e o Gótico, se formos pegar as primeiras bandas ( que não se auto- rotulavam como tal, mas pode- se dizer que foram "adotadas" como tal), veremos que vem de outra linha de influências musicais. Pensemos em The Cure, Siouxsie and the Banshees, Bauhaus, Joy Division... São todas bandas influenciadas por Velvet Underground, David Bowie, The Stooges... Influências diferentes= raízes diferentes= pensamentos diferentes.



Depois do "Heavy Metal original", vieram o Power Metal, Nu- Metal, Doom, Melódico e outras linhas, e foi em cima disso que surgiu o Metal com estética gótica. Foram inseridos vocais líricos femininos, orquestras, visual rebuscado... Bom, posso até citar algumas bandas autênticas, mas, como sempre, o que chega ao grande público já tá é bem enlatado. Utilizar- se da "estética" gótica não faz estas bandas serem góticas. Gótico é mais do que uma estética obscura e clipes com morcegos. Salvo algumas bandas, que criaram alguns trabalhos originais em cima desse "mix" de estilos, a maioria é produto. Um produto que, diga- se de passagem, veio com mais influências do Doom Metal do que do Darkwave.



É inegável que algumas bandas de metal possam se utilizar da estética gótica ou do Synth pop dos anos 80, assim como bandas consideradas góticas possam ter influência do metal. Sisters of Mercy, Fields of the Nephilim e Lacrimosa possuem, por outro lado, influências destes estilos. Trafegar por novos caminhos musicais não faz mal pra ninguém, e ter "influências" não significa perder a essência. Aliás, o universo musical gótico é extremamente rico e amplo. Mas se tem mais metal do que darkwave, não é uma banda gótica.



Finalmente, às bailarinas: se você usa uma banda de MTV, como Nightwish, Evanescence, e afins, pode sim fazer um belíssimo trabalho. Eu sou a primeira a defender que as pessoas devem dançar aquilo que gostam! Mas se você dança um metal está fazendo um outro estilo de dança. Isso é até melhor do que correr atrás do rebanho! Criar novos estilos, fazer o que se gosta, e não fazer Gothic Bellydance só porque o DVD é legal.



Ah, tá... sou chata? Estou falando groselha? Então assistam ao DVD. De novo. Lá ninguém dança Gothic Metal. Não é errado dançar, errado é fazer qualquer coisa e se apropriar de um rótulo que deu certo_ mesmo que esteja dando certo temporariamente: aguardo a próxima bola da vez!



Não sou contra o gothic metal também como estilo, e aqui não é minha intenção criticar. Minha intenção é INFORMAR. Essa confusão toda existe por falta de informação. Eu mesma ouço algumas bandas deste estilo, provavelmente desconhecidas do grande público, assim como ouço coisas que não são góticas ou post punk o tempo todo. Mas curtir algum compositor da MPB não significa que ouço tudo desse estilo, assim como gostar de uma banda ou outra de metal não faz de mim headbanger.



Na prática, basta pesquisar e conhecer o som a fundo pra entender a diferença. Existe uma distância enorme entre os estilos e, para isso, basta gostar o suficiente para ouvir. Não vou dar lista de banda porque tem paga- pau por aí que adooora decorar cartilha... rsrsrs... Eu gostaria que as pessoas parassem de decorar nomes do que é ou não gótico e passassem a ser sinceras com seus próprios gostos... ( desabafo mode on).



A grosso modo, devemos lembrar: o gótico tem um lado obscuro e sombrio, mas não é só isso, e nem tudo que é sombrio é gótico. E nem tudo que é gótico é sombrio:



É válido lembrar que este Blog é seguido não somente, mas PRINCIPALMENTE, por bailarinas e praticantes de dança do ventre e tribal fusion. Portanto, estou escrevendo em linguagem direcionada a este público. É claro que TODOS são bem-vindos ao meu Blog!!! Mas estou direcionando a postagem a uma grande massa de uma nova geração de bailarinas que estão mal informadas sobre o que é o Gothic Bellydance, e tentando praticar sem muito senso do que estão fazendo.



Repito, e se tiver que repetir mil vezes assim farei, que isto não é uma crítica ao gosto de ninguém, mas sim a um determinado comportamento. O Gothic Bellydance não é modalidade, é estilo! E, como já cansei de dizer, você faz o estilo que você é! O Tribal Fusion nos dá essa liberdade! Saber separar as coisas é uma questão de coerência, e já que estamos falando na Arte da Dança, compor o personagem é fundamental. Vejam bem, vocês estão tendo de graça uma informação que muita gente cobra para dar: construção de personagem. A "cara" de uma bailarina "Metal" deve ser diferente da cara de uma bailarina "Gótica". E, já que estamos falando de estilos diferentes, o tal do "Gothic Metal" DEVE TER UMA AMBIENTAÇÃO, FIGURINO, EXPRESSÃO E LEITURA MUSICAL DIFERENTES tanto do metal quanto do gótico! Não estou aqui condenando à guilhotina uma adolescente que se sinta feliz dançando uma música do Marilyn Manson ou do Evanescence. Mas tentando deixar bem claro que a bailarina que vai dançar Dead Can Dance tem uma energia diferente da que vai dançar Lacuna Coil, e ambas diferentes da que vai dançar Marilyn Manson.



Comentários póstumos ( inseridos meses depois da postagem original):

Quando escrevi este post, o Gothic Bellydance vinha crescendo desordenadamente no Brasil, e todo mundo queria participar da festinha! Atualmente, já temos algumas poucas profissionais começando a separar as coisas. Feliz eu vou ficar o dia em que todas fizerem como eu e ensinarem suas alunas a terem um estilo próprio, e não comprar o que é do outro, não imitar o que já foi feito. Meu trabalho é valorizar o que cada uma tem de melhor. Tá meio difícil explicar que técnica é uma coisa, estilo é outra, até porque isso é mais difícil de ouvir do que "Venha a mim, eu tenho a fórmula pronta!", e tem cada vez mais picatetas, ops, perdão... digo, cada vez mais "profissionais" que aproveitam o que as pessoas QUEREM ouvir e não a VERDADE para fazer sua fama. Uma pena... não entendem que somente o que é autêntico e verdadeiro dura...







quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Verdades e Mitos Sobre Gothic Bellydance

*** TEXTO ORIGINAL= DE AUTORIA PRÓPRIA***

*** SEJA EDUCADO E NÃO DESRESPEITE A LEI:

PLÁGIO É CRIME E DAR CRÉDITOS AO USAR É BEM EDUCADO***


Quando comecei a praticar e divulgar Gothic Bellydance, não havia quase nenhuma informação a respeito. O que é natural, já que este estilo surgiu de forma espontânea, não é uma técnica específica e pré- determinada como já repeti diversas vezes. Este Blog acabou se voltando para o estilo justamente pelas perguntas que eu recebia diariamente de pessoas interessadas_ inicialmente eu pensava em um Blog que tratasse da dança de maneira geral, com inteligência e sem preconceitos, mas o tema rendeu mais do que eu imaginava.

De 2004 para cá, o Gothic Bellydance cresceu rapidamente, agregou novas praticantes, ganhou em técnica e diversidade e tornou- se algo praticamente comercial. Em 2009, está em seu auge no Brasil, afinal a Ariellah esteve aqui e ninguém queria ficar de fora da “modinha” ou da “tendência”. Com um crescimento tão rápido, surgem informações equivocadas, coisas inventadas e disseminação de mitos. É por isso que estou fazendo esta coletânea de pérolas. Este não será um tópico fechado e pronto, estarei sempre atualizando, portanto se você leu ou ouviu uma pérola me mande! ( só não quero citar os autores da “pérola” e nem identificá- los, por favor. A intenção é INFORMAR e não expor as pessoas.)

Vamos lá!!!!!

“ Tribal e Gothic Bellydance é a mesma coisa”

A VERDADE POR TRÁS DO MITO: não. Não é a mesma coisa. Mas incrivelmente essa é uma dúvida e/ ou afirmação super comum. Por incrível que pareça, pois são coisas distintas. Dê uma lida no tópico Tribal X Gótico, onde inclusive lanço mão de um artigo super completo de Shaide Halim sobre os vários estilos dentro do Tribal.

“ As americanas inventaram o Gothic Bellydance”

A VERDADE POR TRÁS DO MITO: O Gothic Bellydance surgiu de maneira espontânea entre performers que dançavam em casas noturnas e raves góticas em diversas partes do mundo. Antes de saber da existência do GBD de maneira mais comercial nos EUA, já havia praticantes no Brasil, e ouvi relatos do mesmo fenômeno acontecendo na Europa. O que as americanas criaram foi o ATS, estilo tribal do FCBD ( Carolena Nericcio, lembram?), que foi o precursor do Tribal Fusion, que foi por sua vez amplamente agregado ao GBD. E fizeram DVD. É isso.

“As bailarinas de Gothic Fusion dançam fazendo mudras”

A VERDADE POR TRÁS DO MITO: O trabalho de braços é muito explorado e complexo do GBD, mas imitar os mudras indianos não é regra e não faz parte da subcultura gótica. Pode- se ( e deve- se) fazer os mudras se a música tiver inspiração indiana. Isso não é específico do Gothic Bellydance, mas sim uma influência do Tribal Fusion, e eles devem ser feitos SOMENTE se a música for claramente inspirada em música indiana.

“O Gothic Bellydance é dançado no Halloween”

A VERDADE POR TRÁS DO MITO: Subcultura Gótica, apesar de hoje existir em praticamente todos os continentes, vem da Europa. Halloween é uma comemoração Norte- Americana. Não são vinculados. A verdade é que, enxergando por fora, de maneira superficial, pode- se pensar que tem a ver... bruxas, vampiros, fantasmas... Enfim... A “estética gótica” vai muito além de se vestir como esses “personagens”. Mas, sim, no fim das contas pode- se usar a Gothic Bellydance em uma apresentação em comemoração ao Halloween, a estética é bem apropriada. Só não podemos vincular as duas coisas de maneira simplista.

Para começar são essas. Conforme for encontrando mais, vou colocando. E, como já falei, todas podem colaborar, desde que não se identifique nem ridicularize ninguém. E finalizo dizendo: DANÇA DO VENTRE, SEJA GÓTICA OU PURPURINADA, NÃO DÁ BARRIGA!!!


*** TEXTO ORIGINAL= DE AUTORIA PRÓPRIA***

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

AGENDA_ TribalFestival: A Dança como você nunca viu!

"O TRIBALFESTIVAL é um evento dedicado à troca de culturas, experiências e danças exóticas. A ideia deste Festival surgiu da necessidade de mostrar ao mundo a cultura tribal brasileira e produções, reunir diversas tribos em um só lugar e mostrar outras vertentes que a dança do ventre já produziu. ( ...) deixamos claro que este não é um evento bellydance ( ...) Será bem vinda toda e qualquer performance tribal, fusion, gypsy, neo-tribal, gothic, ventrebrasil exoticdance e vertentes. Também serão aceitas performances em grupo ou solo
não necessariamente relacionada ao ventre, mas sim ao exótico e diferente no mundo da dança!"

Organizado por Débora Brasil, o Tribal Festival tem de tudo para ser um marco na cena tribal em SP. Organizadora do E- Ventre, evento com anos de tradição e sucesso, já mostrou sua competência e agora inova ao reunir em um evento todas as vertentes "alternativas" da dança, valorizando o que fazemos no Brasil_ que, diga- se de passagem, tem muito a oferecer e acrescentar.

Entre os profissionais participantes, estão Shaide Halim ( Cia. Halim, pioneira no Estilo Tribal e C' Est Vintage), Nijme, Ally Hauff ( grupos Athala e Ganesha), Paula Braz ( Cia. Xamã), Kiki Gercia e Patricia Fox, Crystal Zárifa, Marinnah ( Espaço Deusa Bastet), e muito mais. além de shows, o evento conta com expositores e workshops.

Estarei apresentando solo dentro do estilo que desenvolvi ao longo dos anos dentro do Gothic Bellydance. Gostaria muito de ter a presença de colegas e amigos neste dia que certamente será especial.
Ingressos antecipados por R$10
mande email para tribalfestival@gmail.com
Ingressos na porta R$15
(para desconto de R$5 leve uma caixa de leite longa vida)

Para saber mais, acesse: www.tribalfestival.com.br

13/ 09/ 2009_ Nasce Danse de La Nuit

Tudo começou por volta de 1996...
Encontrei a Patrícia em um evento e descobrimos que nós duas fazíamos aulas de Dança do Ventre. Até então, éramos companheiras de balada e pouco sabíamos sobre nossos gostos pessoais, fora nossa paixão pelas mesmas bandas. A conversa? Foi mais ou menos assim...

_ Eu ando dançando umas músicas do Dead Can Dance...
_ Eu também! Tem várias músicas que dá para dançar. De outras bandas também.
_ Que legal, eu também acho. Fiz tal música com espada...
_ Eu também acho ela boa para espada.
E foi nesse "eu também" e total empatia que chegamos à conclusão: a gente TINHA que montar uma dupla.

Preconceitos, falta de incentivo, falta de espaço, tudo contribuiu para que cada uma continuasse um caminho solitário, mas sem desistir de nossos sonhos... E anos se passaram. De tempos em tempos, nos encontrávamos em eventos de dança e góticos, e até na cidade onde morávamos ( do nada...) e sempre tocávamos no assunto. Vamos começar semana que vem? E nunca começava. E várias outras pessoas e projetos cruzaram nossos caminhos nesse meio tempo.

Há uns 8 ou 9 anos atrás entrou uma nova aluna na turma. Jaqueline. Ficamos amigas. Ela iniciou profissionalização e nossos laços se estreitaram. E foi numa dessas conversas informais que ela me contou que o grupo de teatro do qual ela fazia parte também estava ensaiando performances com músicas alternativas. Coincidência? Não sei, mas olhamos uma para a outra e tivemos a idéia de unir o trabalho dela ao meu.

De lá para cá, nós 3 tivemos filhos, passamos a nos dedicar a eles, arrumamos empregos que nada tinham a ver com a dança... E nesse meio tempo, Patrícia e Jordana se conhecem numa festa... E também conversam sobre o projeto. Projeto que ficou engavetado, porém nunca esquecido.

Essa história resumida me leva a ter a mais absoluta certeza de que tudo acontece na hora certa. Muitas outras bailarinas passaram por nosso caminho. Tivemos muitas oportunidades de seguir caminhos solitários. Mas tudo contribuiu para que exatamente nós quatro acabássemos juntas nesse momento. E foi com o empurrãozinho de um velho amigo que reencontrei em 2009_ Guto Sioux_ que finalmente tive foco, objetivo e o incentivo para juntar as meninas e colocar o projeto em prática. Mesmo com as portas abertas a qualquer bailarina que quisesse se juntar a nós foi exatamente nós quatro que o destino uniu.

Em 13/ 09/ 2009, nosso primeiro ensaio oficial. Nasce aqui uma troupe de dança com sonhos e objetivos em comum. Objetivos que vão além de sentimentos mesquinhos. O amor ao que fazemos foi o ponto primordial para nossa união. Fazer o que gostamos com compromisso e respeito pela Dança e pelo Universo Gótico. Aqui não há favoritas, não há estrelismo, não há competição. Finalmente conseguimos "unir" pessoas por este propósito: "união"! E firmamos o compromisso de a cada ensaio cultivar o espírito de TRIBO em cada uma e em todas nós. Nasce Danse de La Nuit.

A nossa intenção é levar dança de alta qualidade ao público alternativo respeitando, assim, o público, a dança e cada uma de nós. Agora um pouco de cada uma:

Jale Mahin ( Jaqueline)_ Iniciou seus estudos em ballet clássico aos 4 anos de idade, e na adolescência trocou o ballet pelo jazz, teatro e dança do ventre. Permaneceu com a professora Zahrah por quase três anos, em aprendizado intensivo, chegando a vencer concursos e participar do grupo profissional. Integrou o Grupo Folclórico Nasser ( Dabke) e a Cia. de Dança Full Time ( Street Dance). Se considera uma pessoa eclética, sem se prender a rótulos. Músicas: Yulunga e Saldek do Dead Can Dance, Ice Queen do Within Temptation e What Else is There do Royksopp.

Jordana Simon_ Teve seu primeiro contato com a Dança do Ventre Gótica em 2002, na época em que trabalhava como expositora em casas noturnas e raves. Na época, se dedicava ao teatro e a seu trabalho com bordados. Em 2006, começou a estudar Dança do Ventre com a professora Juliana Bononi. Entre 2007 e 2009, aperfeiçoou- se intensivamente através de diversos workshops e apresentou- se em eventos dedicados à Dança do Ventre e Tribal. Música para todas as horas: Sisters of Mercy, Front Line Assembly e Nine Inch Nails.

Lillith Elizium ( Patrícia)_ Participante ativa da cena underground desde meados de 1989, em 1996 iniciou seus estudos em Dança do Ventre, unindo a esta sua bagagem pessoal e desenvolvendo um estilo próprio. Estudou com as bailarinas Marilyn, Ammura, Fairuza, Shahira e Priscila Gonçalves. Foi professora e bailarina integrante do Grupo Airam. Apresentou- se em casas como Madame Satã, Inspiral, Blood Coven Bar, Front 575, Club Television, Tribehouse, Thorns Gothic Rave, merecendo destaque para sua performance com a jibóia Ankh, até hoje lembrada e respeitada por todos que assistiram. É pioneira do Gothic Bellydance no Brasil e, juntamente com Zahrah, idealizadora deste grupo. Suas bandas preferidas são: Fields of the Nephilin, Siouxsie, Bauhaus, Clan of Xymox, Collection, e por aí vai... só coisa boa!

Zahrah Violet ( Silvia)_ Participante de um grupo de performances, Zahrah buscou na dança novas formas de expressão. Estudante de Ballet e Jazz desde 1987, começou a estudar Dança do Ventre em 1994. Desenvolveu seu estilo mesclando Dança do Ventre, Teatro e Dança Contemporânea. Suas professoras foram Ammura, Soraia Zaied, Lulu Sabongi, Fátima Fontes, Nájua, Jade el Jabel e outras, além de dezenas de workshops. Participou dos grupos Marilyn & Moura, Sacerdotisas do Nilo, Grupos Folclóricos Hathor e Nasser. Apresentou- se em casas como Madame Satã/ The The, Front 575, Theatro dos Vampiros/ Fofinho e Via & Underground, além de festas para a colônia árabe. É pioneira do Gothic Bellydance no Brasil e idealizou com Lillith a formação deste grupo nos anos 90, atua como coreógrafa. Bandas: The Cure, Siouxsie, Collection, Skeletal Family, Joy, DCD, Ataraxia... Diversidade dentro do bom gosto!!!!


Contamos ainda com o apoio da nossa amiga Valéria Jouze_ Jouze Espaço de Danças, que está colaborando ativamente conosco, como sempre fez, incentivando a criação espontânea e diferenciada dentro da Dança do Ventre. Agradeço também as palavras de apoio e incentivo de amigas muito queridas e a confiança e respeito que temos recebido desde já de alguns djs da cena!


Vida longa e sucesso a nós todas!!!





sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Gothic Bellydance- Figurinos

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E lá vão vocês, alunas, colegas e amigas me jogar mais uma missão... Falar sobre figurino?
Na posição de estilista, parece tarefa fácil, mas vamos voltar lá na introdução... o que é Gothic Bellydance.... Gothic Bellydance é estilo pessoal. Embora muitos estejam adorando este novo NICHO DE MERCADO, sendo mais incisiva, esta nova maneira de ganhar dinheiro, o Gothic Bellydance/ Dança do Ventre Gótica/ Gothic Fusion/ blá blá blá não é uma técnica, um folclore ou algo específico. Então vamos tentar "entender" sobre figurino. De onde aparecem os elementos que compõe a Gothic Bellydance visualmente?



Como já foi dito, este estilo surgiu em diversas partes do mundo, simultaneamente, talvez no início dos anos 90 ( existe a possibilidade de ter sido ainda antes), criado por performers para se apresentar em festas, eventos e encontros voltados a este público_ ou para dançar para si sem pretensões. Assim sendo, os detalhes do figurino são incorporados e não forçados ou impostos. Vamos falar de experiência pessoal. Creio que com as estrangeiras tenha sido assim também. Quando comecei a dançar, eu unia meu gosto ( minhas primeiras roupas foram preta, branca e roxa) com o que eu já tinha em casa. Uma meia diferente, uma bijoux de tachinha, algum amuleto... Cabelos com mechas, coloridos ou espetados, faziam parte DAS BAILARINAS e não de UM ESTILO PRÉ- ESTABELECIDO PARA DANÇAR. Então, para se montar o figurino, deve- se misturar "o que você é+ o que você tem+ a roupa de dança". Volto a dizer que não simpatizo nem um pouco com as cópias oportunistas. E que para mim, estilo deveria ser algo natural e não adquirido pelos modismos.


Vou ser boazinha com vocês e postar um textinho que NÃO SEJA DESCARADAMENTE COPIADO DOS SITES ESTRANGEIROS, ok? Embora esse bafón todo em cima do estilo não seja confortável para mim tem muita menina que estuda, se interessa e que merece informações. E não pessoas que copiem e colem sites estrangeiros e definição da Wikipédia ( devidamente traduzidos pelo tradutor Google, claro!) em seus Blogs e Multiplies... tsc tsc, que feio....

1- A escolha do modelo: Esta deve partir do estilo de música que será utilizado. Cyber? Ethereal? Industrial? Medieval? O universo gótico é fortemente regido pela música, sendo este o elemento condutor de tudo o mais que será apresentado na performance. Esta deverá ser cuidadosamente analisada para a escolha do traje- base, que é a roupa de dança do ventre ou tribal. Músicas mais orquestradas podem pedir uma roupa de dança tradicional, as eletrônicas podem pedir uma roupa moderna e sem muitos bordados, tudo vai depender do teu feeling. Dica: minha principal roupa atual é um duas- peças simplérrimo, de veludo preto, sem grandes detalhes, que alterno com acessórios diferentes.




2- As cores: Góticos usam preto. Básico e lógico. Se você tiver esse estilo como seu gosto pessoal não terá dificuldade alguma em encontrar em seu próprio guarda- roupas as cores que precisa. Mas sair do óbvio sempre é bom! Preto- e- branco em um estilo Silent Movie ou com inspiração na Art noveau, tons de violeta, vermelho e vinho podem remeter às cortes ou aos contos de vampiros, esses tons também são bem- vindos. Eu gosto muito do uso do branco para bailarinas com cabelos super escuros. Fica bem ao estilo Samara Morgan. Para mim, uma garota que seja gótica vai ficar com cara de gótica mesmo se estiver vestida de pink, e uma que está forçando a barra pode se fantasiar toda de vampira que não vai convencer. Mas as cores que citei são uma boa diretriz.

3- Cores complementares: Mais uma vez, vale apostar no bom senso ao combinar figurino e música. Dourado pode ficar ótimo em um estilo medieval ou pode arruinar a produção!!! Eu uso mais o prata velho, que vai ser mais fácil de combinar com os rebites e correntes.





4- Os tecidos: vale apostar na mistura. Cetim com renda, veludo, transparências.... Tem quem defenda o couro, eu não uso couro por motivos pessoais. Prefiro sintéticos e vinil. Aliás, perfeitos para montar um estilo cyber ou oitentista.

5- Bijoux e acessórios: eu uso as bijoux que tenho no porta- jóias... Não uso crucifixos, costuma arder e deixar marcas ( hehe...), mas podem ser usados ( desde que você vá ficar a quilômetros de distância de minha pessoa). Pentagrama, Ankh, amuletos celtas.... Tudo depende do que você já tem e gosta ou acredita ( não me inventem de usar objetos místicos se vocês não sabem o que significa!). Eu gosto de gargantilhas. Tenho duas de veludo e renda e uso muito para a dança. Coleiras de tachinhas, veludo... Braceletes, pulseiras, sempre combinando entre si... Gosto de anéis grandes, de pedras, vão bem com todos os estilos. Meias arrastão ou rendadas, ou até furadas, rasgadas, destruídas... Nas pernas e ( por que não?) braços. Pingentes diversos e até brincos velhos podem se transformar em arranjos para cabelo e detalhes na roupa. Botas e coturnos? Se der vontade de usar e o resultado ficar bonito vai fundo!


6- Os "tipos" de góticos: já deu para entender que o universo gótico abrange muita coisa, não? Use o bom senso e esta informação ao compor seu figurino. O visual pronto pode abranger detalhes que vão do pós punk ao burlesco. Como não é minha intenção me prolongar no assunto, posto um link para que vocês se divirtam: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.elyssia.co.uk/images/home_image_large.jpg&imgrefurl=http://gothicground.com/materias/33571.php&usg=__DCXL6mjjq_on-621U-Jv0RncGU0=&h=500&w=332&sz=24&hl=pt-BR&start=11&sig2=i-ahEM75DEh4Zjtp5qIz5Q&tbnid=w-xOuLEZU7Zu-M:&tbnh=130&tbnw=86&prev=/images%3Fq%3Dtipos%2Bde%2Bg%25C3%25B3ticos%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG&ei=AM2zSujjH5TblAfeleyRDw

Não copie! Crie! Uma das qualidades das primeiras performers góticas é a capacidade de adaptação e criação. Seja autêntica e crie sem medo!

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Fotos: Erebus, Sashi, Blanca, Aepril Schaile e Zoe Jakes ( sendo que a Zoe NÃO É uma bailarina de Gothic Bellydance, mas eu não podia deixar de postar uma foto dela, sendo fã confessa_ e pelo visual nesta foto estar bem propício ao estilo).

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

[OFF] Seguranças da casa A LOCA espancam clientes


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O Kizzy Ysatis colocou no site dele alguns esclarecimentos sobre o que aconteceu na boate A Loca.
Não bastasse o choque com a notícia, fico chocado também com a reação de algumas pessoas.
Ouvi coisas como “mas alguma ele deve ter feito” ou variações de “mas será que ele não provocou…”, como se algum ato justificasse a violência, como se um indivíduo tivesse o direito de chutar a cara de um terceiro.
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O que rolou, a agressão, foi tentativa de homicídio, nada menos. Se ele estivesse sozinho, podia estar morto agora. Uma pena que numa situação como essa algumas pessoas ainda tenham dúvida de qual é o lado certo, de quem é a vítima da história. A Natureza Humana não falha, infelizmente.

Sites de notícias usaram a frase “supostamente agredidos”. Queria que os sujeitos que colocaram a notícia no ar passassem no site do Kizzy e vissem a foto dele. Tem alguma dúvida de agressão?
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Por fim, sou escritor, roteirista, resenhista, compositor, tradutor. Sou quase 100% do meu dia um comunicador. Pergunto para os meus colegas de profissão, do que adianta ter voz e não se manifestar numa hora dessas?
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O dia que eu tiver que me calar diante de um absurdo desses, seja com um amigo ou não, eu paro de escrever e vou viver com minha própria vergonha.


Sem coragem pra postar a foto. Acessem o blog:

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vida de Professora- Preparando Workshop de Gothic Bellydance

Nossa, faz tempo que não posto no Blog... Essas últimas 2 semanas foram de atividade intensa e totalmente dedicadas aos meus workshops, que acontecerão em São Thomé das Letras neste fim de semana.

Estava tudo pronto, quando veio a novidade: eu teria que dar um workshop de Tribal. Wow... tá... aceitei desde que fosse dentro de minha especialidade...

Eu tinha um material semi- pronto que preparei a convite de minha amiga Kristinne Folly, para um possível workshop no Rio. Todos sabem que sou meio relutante a respeito da idéia de dar aulas e workshops de Gothic Fusion. A própria Ariellah não deu NADA específico sobre o Gothic Bellydance/ Dark Fusion... Como já repeti milhóes de vezes: quem é gótico é e pronto!!! NÃO DÁ PARA TENTAR TRANSFORMAR A BARBIE E NEM A MÃE DE FAMÍLIA NUMA PERFORMER GÓTICA!!! Pelos deuses!!! A não ser que a pessoa tenha isso dentro de si. ( desabafo mode on: espero que esse modismo passe logo... ) Uma pessoa QUE NÃO POSSUI ISTO EM SUA ESSÊNCIA não será uma performer gótica... Mas os convites tem sido muitos... E minha experiência com aulas no estilo se restringe ÀQUILO QUE ACREDITO: aulas particulares e ensaios/ coreografias. Ou seja... muita experiência com meninas góticas... e um medo imenso de tentar passar isso para quem não é...

Decidi enfim fazer a experiência. O tempo era curto, mas eu já tinha 3 coreografias simples para passar, uma apostila começada e minha bagagem de vida ( não estou aqui para ficar medindo curriculos, então deixemos os detalhes para os contratantes). Pensei que vencida a resistência seria fácil... Ledo engano... Primeira parte? Como fazer um texto simples, de fácil compreensão, que ao mesmo tempo não esmiuçasse cada detalhe da contracultura/ subcultura para quem gosta do termo ( isso poderia ser prolixo demais...)_ mas que não deixasse uma visão superficial a respeito do que deve ser esta dança? Afinal, o que tem de gente correndo atrás do tempo, tentando ser o que não é, não está escrito... E eu não tô a fim de criar novas pessoas assim... Aliás... decidi passar a aceitar os workshops por um motivo muito simples: não por dinheiro, não por moda, não por prestígio, mas sim porque eu SENTI FINALMENTE QUE, COMO PERFORMER DE GOTHIC BELLYDANCE HÁ TANTOS ANOS, EU TENHO UMA RESPONSABILIDADE PERANTE O ESTILO, TENHO UMA RESPONSABILIDADE TANTO COM A CENA GÓTICA QUANTO COM AS MENINAS QUE QUEREM TER UM CONTATO MAIS DIRETO COM A DANÇA MAS QUE NÃO ENCONTRAM OPORTUNIDADE. E foi este mesmíssimo senso de responsabilidade que me tomou cada minuto das últimas semanas.

Minha luta sempre foi oferecer um trabalho de qualidade dentro deste estilo, que sempre foi estereotipado e permeado por preconceitos, e hoje, que é uma dança reconhecida, praticada por bailarinas de todos os tipos, minha luta é desvincular o Gothic Bellydance do Freak, do superficial, do "só se vestir de preto"... e fazer isso com AÇÕES, e não somente com palavras, porque falar bonito em Blog é fácil...

Parte 2: a coreografia... Ai, a coreografia!!! Eu tinha algumas prontas. O problema? Eu não danço coreografia!!! Uma era para uma aluna minha avançada, que já é professora, e duas eram do meu grupo. Precisei adaptar. Tá... Mande Zahrah fazer algo simples... Foi mais difícil simplificar a coreografia, para que pudesse ser compreendida em 3 horas em vez de 3 semanas do que criar um espetáculo completo!!!

Tudo isso pronto, terminei de digitar a tal apostila. Aí veio a parte 3: escolher as músicas. Quem já veio aqui sabe a quantidade de CDs que tenho no meu acervo... No momento estou às voltas com cerca de 200 CDs, pensando quais são as músicas menos "assustadoras" ( risos). Sim, tenho muita coisa que não dá para dançar...

E o que se tira de lição deste meu dia- a- dia atribulado? O que é ser professora? O que é ser artista? Isso vai além do dom, além da técnica, além da experiência... Ser professora é um ato de amor e responsabilidade! É dedicar- se por completo ao aluno. Sem folga! Uma professora que dedica 10% de si é uma professora 10%. É pensar nos detalhes. Como aquela senhora que passa a semana lavando roupa vai absorver a dança? E a bailarina profissional em busca de aperfeiçoamento, como posso acrescentar algo positivo a ela? E a executiva que compete no mercado de trabalho e chega ao workshop de cabelos em pé, o que posso fazer por ela? É pensar em cada uma e preparar cada detalhe de forma que atinja positivamente todas essas mulheres ao mesmo tempo em que eu respeito a Arte, e a passo para frente por AMOR, POR COMPROMISSO, POR RESPEITO, nunca por caprichos mesquinhos. Ser professora é estar tão de bem com o que faz a ponto de rir e saber improvisar se algum desses mínimos detalhes sair do controle. É dar o seu melhor ao ser humano.

Sempre digo que a melhor bailarina não precisa ser a melhor professora e vice- versa. Uma coisa é distinta da outra. Mas confesso que estou muito feliz por ter a oportunidade de também poder apresentar meu trabalho em palco numa cidade pela qual sou apaixonada! Estive em São Thomé das Letras algumas vezes, e uma delas com meu ex- noivo, em 1999. Eu olhei em volta e falei: "Meu ( sou paulista), compra logo uma casa aqui que quero vir dançar nessa cidade!!!!". O noivado acabou ( a amizade ficou, hoje somos como irmãos), não compramos a casa, mas estou sendo privilegiada com o empenho da minha amiga Emília Ract, que organizou este evento que promete ser fantástico ( quando falo fantástico não é como mero superlativo, não sou dada a palavras efusivas, se falo que promete é porque promete mesmo! ), diferente do que se tem feito na Dança Oriental. Não que os outros sejam ruins, longe de mim entrar neste mérito... Mas tem faltado criatividade para fazer coisas diferentes. Finalmente, vou dançar em São thomé... rsrsrs....

Encerro este me desculpando pela ausência, e já avisando que volto terça- feira! Com muito mais informação e textos prontinhos para serem postados! Aliás, estes textos estão fazendo sucesso, já surgiram as cópias!!! Bom sinal. Tudo o que faço é criticado no início, tudo, acho que nada que fiz na dança foi lindo e premiado em um primeiro momento, mas um dia as mesmas pessoas se tocam que existe mais do que superfície no trabalho de um artista.

Um lindo feriado prolongado para vocês!
=*

domingo, 23 de agosto de 2009

Gótico X Tribal

Para quem estudo dança isso pode ser claro. Mas, acreditem, o número de leigos, aprendizes e bailarinas que são SÓ de dança do ventre tradicional ( não tribal) que acham que é tudo a mesma coisa é impressionante. Não, não que seja ruim, desde que perguntem, e algumas pessoas têm me perguntado isso. Então o texto não será muito interessante para quem já estuda Tribal.

Resumindo, o tribal Fusion é um braço do ATS ( American Tribal Style). Possui base de Dança do Ventre, funde- se com outras danças orientais e com técnicas de Popping e Locking ( que por sua vez tem sua origem no Street Dance). Por ser uma fusão em sua essência, permite incorporar outras danças, como cigana, indiana e flamenca, por exemplo, e estéticas diferenciadas, como o Gótico e o Vintage por exemplo. O figurino deve ter a ver com o tema ou a dança usados para a fusão. Vejam bem, não são todas as bailarinas que usam roupas pretas e tatuagens, como Rachel Brice, nem as calças com liga da Zoe Jakes, cada detalhe deve ser pensado.

Gothic Bellydance já é outro departamento! Neste mesmo Blog, eu disponibilizo textos mais completos, podem procurar no histórico e conferir! Esta foi uma dança criada por performers góticas para se apresentar em casas e festas voltadas para este estilo, baseada na Dança do Ventre tradicional e inspirada na estética e música góticas. Não é uma técnica específica, é um estilo pessoal. Onde está a confusão? Algumas bailarinas incorporaram o Tribal ao Gothic Bellydance, fazendo apresentações de Tribal com a estética gótica, surgindo assim o Dark Fusion e o Gothic Fusion.

Para esclarecer melhor sobre o Tribal em si, estou postando um texto de Shaide Halim, para quem já pedi ( e ela gentilmente autorizou a postagem).

CONHECENDO AS DANÇAS: ESTILO TRIBAL

O estilo tribal evoca uma história de milhares de anos sobre trajes, jóias, dança e música do Oriente Médio, com uma essência moderna, enfatizando a força do corpo e do espírito feminino e sua interação com o grupo.


Os "primeiros passos" dessa forma de dança foram dados na Califórnia, pela bailarina Jamila Salimpour. A Dança do Ventre tradicional foi acrescida de elementos das danças folclóricas orientais, como seus objetos e passos característicos, e o espírito comunitário das tribos.


Trocaram o vestuário do estilo "cabaré" (as conhecidas roupas de lantejoulas!) por um visual étnico. Aliado à isso, vinha o novo estilo de ensino, onde Jamila refinou a técnica da Dança do Ventre usando métodos semelhantes aos do Ballet Clássico. Sua companhia de dança, Bal Anat, popularizou a nova tendência, principalmente os trajes étnicos. A dança tinha um caráter interpretativo, com uso de acessórios tradicionais das danças folclóricas ou uma releitura de lendas orientais, como por exemplo, a nossa conhecida Dança da Espada. Esta dança não é reconhecida nos países árabes como folclórica, mas é conhecida por todas as bailarinas de Dança do Ventre graças ao Estilo Tribal.


Nos anos setenta, notáveis dançarinas do gênero fizeram com que este estilo ganhasse o país, entre elas Masha Archer, discípula de Jamila. Nos anos 80, o estilo ganhou características muito particulares, que foram definidas quase como "padrões", com o surgimento da trupe Fat Chance Belly Dance. Carolena Nericcio, diretora do grupo, foi aluna de Masha e dá todo o crédito pelo surgimento desse novo estilo à Jamila, embora seu grupo seja, hoje em dia, a maior referência do assunto nos EUA. Carolena misturou a precisão técnica de Jamila, o caráter étnico do Bal Anat e aplicou seu sistema de improvisação, criando assim uma nova forma de dança.

O Estilo Tribal Norte-Americano

Precisão dos movimentos, trajes muito característicos e o espírito de irmandade tribal são a marca registrada desse gênero. Ritmos fortes e bem marcados, com muita percussão, solos de derbake e daffs, os sons "Ghawazee" (as ciganas egípcias, a fonte maior de inspiração dessas trupes), a fusão entre diversos estilos musicais, por vezes com um toque ocidental, dominam o padrão musical que acompanha esta dança.

O visual do Estilo Tribal parece autêntico porque foi inspirado em várias tribos e povos nômades do Centro e Norte da África, Índia, Paquistão e de várias outras regiões do Oriente Médio, adaptadas às necessidades das dançarinas, que precisam de roupas que lhes dê mobilidade e conforto. O uso freqüente de snujs em suas performances também caracteriza o estilo norte-americano. Eles servem não só para demonstrar as habilidades técnicas das dançarinas, mas também para auxiliar a marcação dos ritmos. Além deles, algumas bailarinas fazem uso de chocalhos kuchis (chamados Kulkaal), atados aos pés, como as dançarinas indianas ou as ghawazee egípcias, também para demarcação rítmica. Algumas trupes utilizam outros acessórios característicos de outras danças orientais, como pandeiro, bengala, jarros, cestos, taças, espadas, punhais, para realizarem performances que são chamadas tribais interpretativas.

O Fat Chance Belly Dance, por ser o pioneiro no estilo, é o mais conhecido e reverenciado grupo tribal da América, mas há outras grandes trupes espalhadas pelos EUA, como a Awalin Trupe, Read my Hips, Hahbi-Ru, Gypsy Carvan etc. O Estilo Tribal Americano já atravessou oceanos e chegou à Alemanha, Suíça, Austrália, Japão, França e Inglaterra, e chegou ao Brasil, em 2001, por meio da Cia Halim Estilo Tribal, a primeira trupe desse estilo por aqui , com método de ensino e de dança próprios, denominado estilo tribal brasileiro.

As novas tribos

Com a evolução e propagação da Dança Tribal na América do Norte, novas cias. de dança auxiliaram o processo de formação do Estilo, dando, cada uma, seu toque pessoal às características tradicionais do American Tribal Style. Surgiu então, no início dos anos 90, o que hoje ficou conhecido por Neo Tribal. O Neo Tribal seria a modernização do Estilo Tribal Americano do Fat Chance Belly Dance. Bailarinas formadas pelo método de Carolena Nericcio e suas discípulas resolveram buscar novas formas de utilização das técnicas do Estilo Tribal, sem uma rigorosidade padronizadora. Cias. mais tradicionalistas no América Tribal Style recusam-se a utilizar recursos coreográficos e todas as suas performances são livres ou reguladas pelos métodos de sinalização, gerando a Improvisação Coordenada.

Cias. como a Awalin Dance Company de Zia Ali, na Geórgia, Atlanta, traduzem bem este espírito Neo Tribal: aliam às técnicas de Improvisação Coordenada as possibilidades artísticas coreográficas. Ademais, além do uso dos acessórios da dança do ventre e danças folclóricas orientais, buscam inovações não apenas em acessórios, mas na utilização de movimentos oriundos de outras danças, além das habituais, como o flamenco, a dança indiana, danças persas, trcas, paquistanesas, e de regiões até mais longínquas como, por exemplo, o Tajisquistão.

Estilo Tribal Brasileiro

A Cia Halim aderiu a esta nova corrente, a de modernização do estilo, buscando em diversas formas de dança, até mesmo no Ballet e na Dança Contemporânea uma nova forma de dançar e se expressar.

Além disso, adotamos uma postura de valorização das nossas raízes, inserindo no contexto elementos da nossa cultura popular brasileira, com utilização de ritmos e movimentos nacionais, como o côco, maracatu, frevo, caboclinho, tambor de crioula, deixando o estilo tribal com uma nova cara, uma nova roupagem, que vai desde os passos das coreografias à musicalidade e figurinos.

Mas o diferencial do estilo brasileiro é uma maior homogeneidade da fusão. Um trabalho coregráfico nesse estilo aborda, com maior detalhamento, cada dança que trabalha. Exemplo: não é uma dança onde a dança do ventre é o carro-chefe e as demais modalidade aparecem em pequenas doses, como acontece no estilo norte-americano. Uma coreografia de estilo tribal brasileiro pode apresentar muito flamenco e pouca dança do ventre, além da dança indiana. Ou dança indiana e dança do ventre bem misturadinhas, com um pouco menos de dança brasileira. Isso porque o processo de criação coregráfica segue exatamente o que pede a música. Numa música aflamencada, é normal que o flamenco seja o destaque, ou numa música bem misturada, é normal que se veja, em doses iguais, várias danças, sem que a dança do ventre seja sempre o destaque, como acontece no tribal norte-americano.

Técnica de Ensino

O Estilo Tribal é reconhecido por sua precisão. Os movimentos são treinados continuamente até que sua execução esteja adequada, aliado a um trabalho de construção muscular. Muitas dançarinas tribais estão envolvidas com outras formas de movimentos, como Yoga, Dança Indiana, Flamenco, Jazz, Dança Moderna ou Ballet, e isso contribui para que as técnicas dessas outras atividades contribuam para a dança do ventre. Além da repetição contínua dos movimentos, técnica comum ao Ballet Clássico, a postura da dançarina é essencial para que se caracterize o estilo. Sempre altiva, braços alongados, tem algo que nos faz lembrar outra dança com fortes influências ciganas, o Flamenco.

Mas essa postura corporal não é por acaso. Professoras de dança do ventre tradicional testaram e comprovaram que os movimentos ondulatórios no tribal são muito maiores que na dança do ventre normal. A postura tribal dá maior dimensão ao movimento, mas também exige mais força. Se você aplicar uma determinada força para realizar a mesma ondulação, na posição normal e na posição tribal, sentirá que na tribal o trabalho abdominal será mais intenso e o efeito do passo melhor visualizado. É preciso pensar em manter a região abdominal contraída. Não é "encolher" a barriga, e sim trabalhar a contração através do controle do diafragma, associado ao controle da respiração. E é preciso capacitar a musculatura, para que se tenha domínio dos movimentos sem perder a postura. Também é imprescindível alongar os músculos freqüentemente.

Para obter movimentos de maior efeito, alia-se o jogo de quadril ao emprego da força dos músculos, como para "jogar" os quadris mais longe nas batidas, obter um shimie estático ou rotacional de maior efeito, deslocamentos em shimie com velocidades maiores sem perder o tamanho do movimento, oitos que se distanciem mais ainda do eixo natural etc. Alguns truques de posicionamento das pernas são usados para ampliar esses movimentos de quadril e também servem como trabalho muscular.

Provavelmente vai ser mais difícil realizá-los no começo, assim como as ondulações na nova postura, mas isso acabará beneficiando a bailarina, que com o tempo terá um corpo muito melhor preparado para enfrentar longas horas dançando. Além disso, numa aula de Estilo Tribal você não aprende apenas os movimentos da dança: cada passo é estudado juntamente com suas possibilidades dentro da performance e suas diferentes combinações.

Técnica do Estilo Tribal Brasileiro

Ainda falando em técnica, a técnica da dança tribal também é uma big fusão. Com uma postura corporal diferenciada, os movimentos ganham novos contornos. Trabalha-se força e resistência, alongamento, flexibilidade, capacidade respiratória, muito, muito, muito giro. Na Cia Halim, nossos movimentos são direcionados de acordo com o estudo da biomecânica da dança, em parceria com profissionais da área de saúde (fisioterapia, ortopedia, pneumologia). Para desenvolver movimentos grandes, com vitalidade, sem prejudicar o bailarino que o executa.

Nos nossos cursos, o aluno aprende movimentos de diversas modalidades de dança, exatamente como estas são realizadas em sua dança tradicional, como, por exemplo, a dança do ventre, o flamenco, a dança indiana, o ballet (para os muitos giros!), as danças brasileiras, o contato-improvisação, etc. E uma vez que o aluno compreende que cada dança tem sua intenção de movimento diferenciada, ou seja, movimentos que parecem ser semelhantes, em cada dança são realizados de uma maneira diferenciada, ele é capaz de mistura-los em sua composição coreográfica tribal sem com isso perder a essência da dança aplicada na fusão.

xemplos: a intenção de uma batida de pé na dança indiana é muito diferente da flamenca, mesmo quando os movimentos parecem iguais. Em cada uma a intenção do movimento segue um rumo diferente, parte de uma musculatura diferente etc. Não adianta fazer um paseo flamenco como se fosse um deslocamento da dança do ventre, pois cada um trabalha com uma postura própria. Então, para saber utilizar danças diversas em uma só dança, é preciso saber que cada uma tem uma forma própria de realização dos movimentos. Assim, a fusão fica coesa e realmente é possível se compreender que se trata de uma fusão de culturas, e não apenas de movimentos feitos aleatoriamente, como um arremedo mal executado de danças variadas.

Desvelando o Estilo Tribal

1. O Estilo Tribal é chamado por muitos nos EUA como fakeloric, que seria falso folclore. O figurino desta dança, e as várias referências em movimentos de diversas manifestações folclóricas de origens variadas, faz com que muitos desavisados pensem que se trata de uma manifestação folclórica original. MAS NÃO É!!!! Justamente por ser uma fusão de danças, apenas os movimentos, acessórios, elementos e peças do vestuário são utilizados, não se mantendo tradições. O que seria até mesmo um desrespeito com as culturas envolvidas. Portanto, são estilizações e não reproduções fiéis. A própria mescla dos movimentos de culturas diferenciadas nos impossibilita de manter qualquer forma de tradição.

2. Homens dançam!!! Sim, nos EUA há grupos que não aceitam homens dançando por uma opção de querer trabalhar apenas entre mulheres, mas há trupes que permitem que homens participem e há trupes apenas formadas por meninos. Isso varia de acordo com o sub-estilo da trupe dentro do Estilo Tribal. Há grupos que preferem centrar suas pesquisas na Dança Oriental e orientam seu trabalho de acordo com as bases desta dança. Mas grupos com membros masculinos não são vistos como "estranhos" ou renegados. A Bal Anat, a primeira trupe tribal do mundo, criadapor Jamila Salimpour no início dos anos 70, tem homens no casting, assim como outras, como a Habi Ru, embora a movimentação masculina não seja igual à feminina.

3. Na dança tribal trabalha-se a técnica de diversas danças de diversas culturas, portanto, é uma dança neutra em relação à tradições, como já foi citado anteriormente. Trupes de dança tribal enfatizam o espírito de união, o grupo , a dança comunitária. Ponto. Não há referências à mistificações, simbologias ou religiosidade que possa fazer parte de alguma dança utilizada no quadro de fusões. Se uma determinada trupe resolver direcionar seu trabalho com um caráter diferenciado será uma opção única e exclusiva daquele grupo.

4. Grupo. União. Comunidade. Palavras-chave que definem o estilo. O nome Estilo Tribal já vem, obviamente, de tribo. Até bem pouco tempo atrás não existia dançarina de tribal, apenas trupes tribais. Hoje em dia isso vem se modificando, mas ainda é muito mais bonito de se ver trabalhos em conjunto, sejam duos, trios ou grandes grupos.

5. Último e acho que mais importante tópico: dança tribal é para todos. Homens e mulheres, de qualquer idade, raça, credo e biotipo são bem vindos nessa modalidade. Não é preciso ter corpo de sereia, nem ter cabelão, beleza padrão, nada disso. Basta ter a técnica apropriada e amor pela dança. Sim, pois só com amor e dedicação o bailarino consegue alcançar a técnica ideal. Nada cai do céu, nada é fácil, é preciso esforço para dançar!

( Shaide Halim)

Para saber mais:

http://tribalnobrasil.multiply.com/

http://www.shaidehalim.blogspot.com/